segunda-feira, 4 de novembro de 2024

+ PATRIMÓNIO: Caminhada ao Castro de Monte Redondo

           Dando continuidade ao ciclo de iniciativas “Vamos reavivar o Castro de Monte Redondo”, que tem como objetivo alertar a comunidade para o imperativo de promover a valorização e salvaguarda do mais importante povoado proto-histórico bracarense, no próximo sábado, a associação Braga Mais, juntamente com a União de Freguesias de Guisande e Oliveira São Pedro, vai organizar uma caminhada ao Castro de Monte Redondo, que estava inicialmente agendada para 12 de outubro.

A caminhada ao Castro de Monte Redondo prevê a subida ao alto da montanha e visita aos vestígios ali expostos, tendo o seu início agendado para as 10h00, sendo o ponto de encontro junto da Igreja de Guisande.

A organização aconselha a todos os participantes a optarem por roupa e calçado adequados à caminhada, que terá uma extensão de cerca de 4 km. A participação é livre, não necessitando de inscrição prévia. Caso se verifiquem condições meteorológicas adversas, a caminhada terá que ser adiada.

O Castro de Monte Redondo é possivelmente o mais importante povoado proto-histórico do território bracarense. Localizado na freguesia de Guisande, no alto do também denominado monte Cossourado ou de São Mamede, a uma altitude de 427 metros, detém uma posição de domínio sobre os vales do Pelhe, em Famalicão e sobre a veiga de Penso, em Braga.

Devemos a Albano Belino, o precursor da arqueologia bracarense, além do alerta para a relevância patrimonial do Castro de Monte Redondo, os primeiros e mais significativos trabalhos de prospeção arqueológica daquele povoado castrejo desenvolvidos nos anos de 1899 e 1900. As escavações revelaram a existência de três muralhas, tendo a primeira mais de um quilómetro de perímetro e um conjunto muito significativo de habitações de plantas circulares e quadradas.

Devido à relevância dos vestígios ali encontrados, o Castro de Monte Redondo seria classificado como Monumento Nacional a 23 de junho de 1910. Apesar disso, encontra-se até hoje votado ao esquecimento e sem qualquer expectativa de valorização patrimonial.