domingo, 17 de março de 2013

+ CULTURA: Teatro S. Geraldo e Banco do Minho

© Arquivo Aliança
A avenida Central detém desde, pelo menos, o século XVIII, uma centralidade decisiva na vida social bracarense. No século seguinte este espaço confirma a sua relevância com a fundação do Banco do Minho em 1865 e com a instalação do primeiro teatro da cidade, o Teatro de S. Geraldo que funcionou desde 1857 até 1915. Este último edifício situava-se no local onde se encontra hoje o Banco de Portugal, que apenas foi construído em 1921 sob projeto de Moura Coutinho. O Banco do Minho - grande instituição bracarense com influência capital no desenvolvimento comercial e industrial da Braga de finais de XIX e inícios do século XX - localizava-se no mesmo local onde hoje está a Caixa Geral de Depósitos.
Dois edifícios, cuja memória urge conservar.

sexta-feira, 15 de março de 2013

+ PATRIMÓNIO: percorrer o legado do arcebispo D. Rodrigo

Durante o Percurso vamos poder apreciar esta tela, na qual estão registadas as obras legadas por D. Rodrigo de Moura Telles
O legado do Arcebispo D. Rodrigo de Moura Telles na cidade de Braga vai ser o destaque do segundo Percurso Barroco, uma iniciativa conjunta da Braga + e da JovemCoop, que pretende ajudar os bracarenses a conhecerem e a valorizarem o seu património.
Esta iniciativa está agendada para amanhã, dia 16 de março, e tem início marcado para as 09h30, na porta principal da Sé de Braga.
O percurso, que vai tentar reescrever as obras patrocinadas por um dos prelados mais importantes da história bracarense, na tentativa de reinterpretar, à luz do contexto vivido por Braga no início do século XVIII, os artistas, os monumentos e as iniciativas que tiveram D. Rodrigo de Moura Telles como protagonista.
A primeira obra a ser apreciada vai ser a capela de S. Geraldo, na Sé Primaz, onde o prelado está sepultado. Em seguida, os participantes vão poder admirar os sapatos que D. Rodrigo utilizava para aceder à mesa das celebrações que, devido á sua reduzida estatura, exigiam um tacão monumental.
O percurso vai contar ainda com passagens pela capela de S. Sebastião das Carvalheiras, largo do Paço e igreja da Penha.
Ainda não confirmada está a visita ao recolhimento de Santa Maria Madalena ou das Convertidas, que é um dos maiores legados deste arcebispo. A visita vai concluir-se com passagens pelo campo Novo, projeto urbanístico elaborado durante a prelazia de D. Rodrigo de Moura Telles, e pela capela de Guadalupe, outra das ermidas reconstruídas no período que intermediou os anos 1704 e 1728.
As inscrições, e demais informações, estão disponíveis nos sites da JovemCoop e da Braga +, ou nas respetivas páginas do facebook.
Esta iniciativa conta ainda com a colaboração da Fundação Cultural Bracara Augusta que, no seguimento da Capital Europeia da Juventude, continuam a garantir uma colaboração a nível logístico.
No próximo dia 30 de março, as duas associações promovem novo percurso sobre o legado de D. Rodrigo de Moura Telles, desta feita com uma caminhada até ao santuário do Bom Jesus do Monte.

sábado, 9 de março de 2013

+ CULTURA: Memórias de Braga "Olhó passarinho!"


É já na próxima quinta-feira, pelas 21h30, que a Velha-a-Branca acolhe a primeira edição do ciclo Memórias de Braga, intitulado "Olhó Passarinho!", organizado pela Braga + e pelo estaleiro cultural que nos acolhe.
A primeira sessão do ciclo Memórias de Braga, insere-se no âmbito da programação paralela à exposição O Tempo Da Imagem e vai ter como convidados fotógrafos das míticas casas de fotografia de Braga, que aprenderam a arte de "tirar o retrato" em meados da década de 50: Aliança, Artine, Beleza, Chic, Cisne e Pelicano, entre outras. Os fotógrafos convidados (é segredo!) vão partilhar as suas recordações dos tempos em que a fotografia era um verdadeiro mister e em que, para tirar um retrato, era preciso dizer: olha o passarinho!
O ciclo Memórias de Braga realiza-se à quinta-feira, pelas 21h30, com constância mensal. Cada conversa, que se quer informal, anda à volta de um ou mais convidados. O objectivo é mesmo o de conversar, público e convidado(s), no sentido de partilhar e construir memórias sobre a cidade.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Debate "Uma questão de Confiança II" na imprensa escrita

Diário do Minho, 08/03/2013


Correio do Minho, 08/03/2013
Correio do Minho, 08/03/2013

O projeto de reconversão da antiga saboaria e perfumaria Confiança tem comprometida a comparticipação comunitária ao nivel do financiamento.
Esta ideia foi defendida pelo vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte (CCDR-N), Carlos Neves, intervindo como convidado da segunda sessão deste debate público, promovido na passada quarta-feira, pelas associações JovemCoop e Braga +.
«As más notícias são que, no âmbito do atual Quadro Estratégico de Referência Nacional (QREN) não há dinheiro», afirmou este responsável, completando que poderão, no futuro, existir «outras oportunidades».
Salientando que o problema «não é o financiamento do projeto», mas sim «a visão estratégica», Carlos Neves lembrou que «é importante selecionar prioridades» na futura utilização do edifício e não tentar «inserir demasiadas valências», como as que são sugeridas pelas propostas vencedoras do concurso de ideias.
Num debate realizado no auditório do Mercado Cultural do Carandá e que complementou o primeiro debate que decorreu a 16 de janeiro, o vice-presidente da CCDR-N confessou que «não tem que se fazer tudo à primeira», mas que o projeto «pode ir sendo pensado» adequando-o à sua «auto-sustentabilidade».
«Para que a Confiança não se torne um mau investimento, temos que enquadrar isto naquilo que é a política que queremos para a cidade de Braga», acrescentou, destacando que «qualquer euro mal gasto é um mau investimento». 
«Há vida para além do QREN», acrescentou.
Num debate, que contou com a presença de mais de uma centena de bracarenses, entre os quais muitos responsáveis políticos, membros de associações e arquitetos, o Vítor Sousa sublinhou o «interesse que este processo suscitou na população bracarense» e o «clima de discussão e participação» atestado pela realização destes debates.
«Este projeto é para andar para a frente com fundos ou sem fundos», garantiu o vice-presidente da autarquia.
Reconhecendo que, «neste momento não há recursos públicos para financiar projetos relativos à cultura», Vítor Sousa defendeu que poderia ter mais «garantias de financiamento».
«A Câmara não perdeu a oportunidade do QREN. O QREN é que se esvaiu numa reprogramação estratégica», salientou, respondendo às críticas sugeridas pela lentidão deste processo.
Sugerindo que uma das intenções da autarquia «é ter um espaço multiusos que permita realizar exposições de arte contemporânea» integrado no projeto destinado à antiga saboaria, que vai incluir ainda áreas comerciais, de empreendedorismo, e um espaço museológico, o candidato às próximas autárquicas sublinhou que o próximo passo é o lançamento de «um concurso de arquitetura assessorado pela Ordem dos Arquitetos da região Norte».

Câmara de Braga deve dar uso ao edifício

Pronunciando-se como convidado deste debate, Ricardo Rio reconheceu que «ainda há uma pluralidade de opiniões quanto às soluções a adotar», destacando a necessidade de «consensualizar» todas as propostas apresentadas pelos vencedores do concurso de ideias realizado há sensivelmente um ano.
«Não fazemos depender do financiamento comunitário o avanço dos projetos», referiu, salientando que é importante implicar outras instituições na definição da solução a adotar, dando o exemplo da Universidade do Minho, «que não foi implicada desde o início neste processo», ao contrário «do que acontece em Guimarães».
Ressaltando que a autarquia deve dar uso imediato ao edifício, independentemente das soluções a adotar no futuro, o líder da coligação Juntos por Braga, lamentou ainda que tenha sido perdido «muito tempo» neste processo e uma «janela de oportunidades» em termos de financiamento.
Em jeito de crítica, Ricardo Rio recordou que «não faz sentido» prever a construção de um Centro de Ciência Viva na antiga fábrica, tal como defendem dois dos projetos vencedores do concurso de ideias, quando «está previsto o mesmo projeto para o Instituto Ibérico de Nanotecnologia».
Esta opinião é partilhada por Miguel Bandeira, também convidado para este debate, que fortaleceu que Braga não deve repetir projetos já existentes em cidades próximas.
«Deveria haver uma maior articulação nos investimentos, de forma a não repetir equipamentos próximos uns dos outros», acrescentou este investigador da Universidade do Minho, sublinhando que a sua participação no debate se fazia a título individual.
Segundo o antigo presidente do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho, o grande destaque deste processo de reconversão da antiga fábrica Confiança é o facto de ser «consensual» do ponto de vista político, «situação não habitual».
Salientando que a localização da antiga fábrica junto à área de influência da universidade «não pode ser esquecida» nas soluções a adotar, o geógrafo alertou para o risco de transformar o projeto numa repetição do que já foi alcançado com o projeto do “GNRation”.
«Não fazia sentido criar uma espécie de ”Confidence II”, para fazer contraponto ao ”GNRation I”», gracejou.

A urgência de ligar a cidade à universidade

Outro dos assuntos abordados neste debate,   que contou com intervenções do público presente, foi a necessidade de eliminar a barreira que existe entre o centro histórico e a “cidade universitária” de Gualtar.
Esta necessidade foi fortalecida em uníssono por todos os convidados, tendo suscitado algumas sugestões para restabelecer a ligação entre a rua D. Pedro V e a rua Nova de Santa Cruz, que atualmente se encontram “cortadas” pela avenida padre Júlio Fragata.
Vítor Sousa sugeriu como solução o «prolongamento do túnel» da rotunda das piscinas, solução corroborada pelo outro candidato a ocupar a cadeira de Mesquita Machado a partir de outubro próximo, Ricardo Rio.
«Está criado um consenso alargado a três forças políticas para, independentemente de quem ganhar as eleições, voltar a ligar a rua D. Pedro V à rua Nova de Santa Cruz», garantiu o líder da coligação Juntos por Braga, referindo-se à abertura manifestada pelo candidato da CDU, Carlos Almeida, na sua intervenção.

A próxima iniciativa deste género, organizada em conjunto pela JovemCoop e Braga +, vai decorrer no dia 11 de abril e terá como mote a conservação e valorização do complexo monumental das Sete Fontes.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Debate "Uma Questão de Confiança" - primeiras impressões

Foi da Confiança e com confiança no futuro que ontem se debateu a antiga saboaria instalada na Rua Nova de Santa Cruz. O mote do 2º debate promovido pela associação Braga+ estava dado e foram muitos aqueles que quiseram envolver-se na discussão de um património municipal que não tem, pelo menos para já, futuro definido. 
 
No final do debate, onde a opinião da sociedade se foi revelando em alguns momentos, Vitor Sousa, vice-presidente do executivo municipal e um dos oradores, salientou a importância do imóvel para um pensamento distinto daquela zona da cidade. 
 
“Só o facto de hoje termos a Confiança já nos leva a discussões laterais extremamente importantes no quadro do planeamento e do urbanismo, que é a questão de mantermos um eixo de modos suaves em termos de acesso entre a Universidade e o centro da cidade”.
Vitor Sousa avança o que projecto que tem pensado para o local e que irá incluir na sua candidatura.
 
“Eu tenho análises feitas, sob o ponto de vista técnico não tenho nada fechado, mas tenho o privilégio de ter alguns dados técnicos. E o que tenho é que como nós temos uma infra-estrutura na Avenida Júlio Fragata já muito rebaixada por causa do nível friático da cota do rio Este, é uma obra mais sensata, mais fácil e mais barata prolongar ligeiramente para a frente da rua Nova de Santa Cruz o túnel já existente e fazer a parte de cima toda em área de travessia pedonal”.
 
Também do lado da Coligação Juntos por Braga, a ligação à Universidade é praticamente um compromisso. Ricardo Rio fala numa solução estratégica.
 
“A solução mais estratégica do ordenamento da própria cidade, no caso concreto foi já reconhecido em diversas ocasiões, neste momento a cidade está fracionada e separada por via da Avenida Padre Júlio Fragata e aquilo que ficou aqui de certa forma consensualizado, de forma quase inesperada, é que no próximo mandato iremos tentar construir uma solução de continuidade pedonal entre a Rua Nova de Santa Cruz e a Rua D. Pedro V que volte a ligar a Universidade à malha urbana central. Parece-me que isso é algo extremamente pertinente e deve ser uma aposta do próximo executivo”.
 
O espaço de co-working será uma realidade no futuro da Confiança, tal como sucede no GNRation, mas Vitor Sousa identifica uma complementariedade entre este espaço e o do Campo da Vinha.
 
“O registo do GNRation é virado para este espaço de partilha, de ninho de empresa, de incubadora mas numa área das indústrias criativas, da arte, do design e o outro é o mesmo modelo, e aí pode haver uma complementariedade interessante, mas numa área completamente distinta, com a mesma base, mas para a ciência, tecnologia, inovação e muito direcionado àquilo que é o factor do próximo quadro comunitário da agenda 20-20”.
 
Já Ricardo Rio, parece partilhar do mesmo ideal. “São manifestamente complementares, é assim que eu os entendo. Aliás, o GNRation caso venha a preservar a traça que nós incutimos no início quando se discutiu a própria aquisição do edifício da GNR, será uma estrutura predominantemente mais cultural e ligada às indústrias criativas. Aqui há a possibilidade de compartimentação para projetos de outra natureza, mais ligado às nanotecnologias e a outros desenvolvimentos científicos ligados à Universidade do Minho. Julgo que são, claramente, estruturas complementares”.
 
Vítor Sousa avançou também que este projecto deve agora ser maturado e estar pronto até ao final do mandato para que o próximo executivo possa trabalhar no mesmo e adaptá-lo em função do quadro comunitário de apoios.
 
Da mesma opinião partilha o líder da Coligação Juntos por Braga que adiantou que a prioridade do projeto, terá obrigatoriamente de ser concretizado no próximo mandato, acautelando os financiamentos para o projeto. “Julgo que até ao início de 2014 o próximo quadro comunitário estará clarificado na suas orientações e nas prioridades em termos de investimento. Portanto, temos aqui sensivelmente nove meses que também coincidem com o encerramento deste mandato, com o arranque do próximo para podermos, inclusivamente, enquadrar nas próximas opções do plano da câmara municipal, que serão discutidas no final deste ano”.
 
Quanto ao projeto, em si, Ricardo Rio adianta que haverá sempre geração de emprego. “Qualquer financiamento comunitário de um projeto, um dos primeiros requisitos que exige é que vai ter de gerar emprego, portanto o Espaço Confiança vai ter de gerar emprego, seja ou não financiado. Acho que nesta matéria, a questão da incubação de empresas é também um veículo muito importante para a criação de oportunidades de emprego e de criação de novos negócios que Braga tem que cultivar de uma forma massificada em ligação à UMinho, ao INL e a todo o espírito empreendedor que existe neste momento na cidade e que não tem essa oportunidade de expressão”.
 
Palavras de Ricardo Rio sobre um tema que diz, estar a “apaixonar a cidade”, garantindo que as iniciativas de debates promovidas pela Braga+ “são uma ajuda para melhorar a própria gestão municipal”. 
 
 notícia RUM retirada daqui

sábado, 2 de março de 2013

+ CIDADANIA: "Uma questão de Confiança" - o futuro


Tal como ficara acertado aquando da realização de um debate no passado dia 16 de janeiro, a recuperação para fins culturais da antiga Saboaria e Perfumaria Confiança vai dar o mote para mais um debate público realizado pela associação Braga +. Esta iniciativa, realizada em conjunto com a JovemCooperante Natureza e Cultura, vai decorrer na próxima quarta‐feira, 6 de março, a partir das 21h15, no auditório da escola de música do Mercado Cultural do Carandá.
Os intervenientes convidados para este debate são o vice-presidente da Câmara Municipal de Braga, Vítor Sousa; Ricardo Rio, líder da coligação Juntos por Braga; Carlos Neves, vice-presidente da CCDR-Norte; Miguel Bandeira, representando a Universidade do Minho; e os vencedores do concurso de ideias, dos quais três já confirmaram a presença.
O debate, novamente intitulado “Uma questão de Confiança”, vai estar aberto à participação de todos os cidadãos interessados em discutir esta temática. No local do debate vão poder ser consultadas as 84 propostas que concorreram ao concurso de ideias realizado pela autarquia, após o início do processo de aquisição do último exemplar das históricas indústrias bracarenses.
Recorde‐se que a intenção da Câmara Municipal é a instalação de valências culturais, que permitam a regeneração da zona envolvente e a preservação da memória indústrial de Braga.
Este é mais um debate que pretende discutir a cidade e fazer propostas concretas a quem tem o poder de decidir. Por isso mesmo, as ideias abordadas nesta iniciativa vão ser reencaminhadas para os partidos com assento na Assembleia Municipal de Braga.
A Perfumaria e Saboaria Confiança foi fundada a 12 de Outubro de 1894, tendo-se tornado num caso de notório sucesso entre os empreendimentos industriais da cidade de Braga ao longo do século XX. Após o desaparecimento das grandes fábricas de chapéus, o imóvel da Confiança tornou-se no último exemplar do património industrial da cidade de Braga.