quarta-feira, 9 de dezembro de 2020

Percursos Brácaros de Natal: a História do Presépio


As associações Braga + e JovemCoop continuam com os seus Percursos Brácaros, promovendo mais uma visita guiada digital, tendo como temática especial a História do Presépio.

Este percurso realiza-se no próximo sábado, 12 de Dezembro, pelas 10h30, com transmissão a partir da Capela de Guadalupe.

Esta iniciativa, realizada em parceria com a Junta de Freguesia de São Victor e com a colaboração da Irmandade de Nossa Senhora de Guadalupe, decorre a partir das 10h30, podendo ser acompanhada a partir da página da JovemCoop no Facebook. 

Como já é tradição este percurso terá uma vertente solidária e pelo sexto ano consecutivo iremos apoiar a "Missão Põe Azeite" realizada pelo Grupo Coral Guadalupe Guadalupe

Pedimos a todos os participantes que contribuam com garrafas de azeite, para isso podem deixar a doação na Junta de Freguesia de S. Victor ou entrando em contacto com a JovemCoop, que se disponibiliza para recolher o azeite. Temos ainda a opção de contribuir através de MBWay, considerando o valor de 1 garrafa de azeite em 3€.

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

+ CIDADANIA: Árvore Europeia do Ano em Braga

 

O Património, conceito especialmente cultivado a partir da Revolução Francesa, e especialmente fortalecido após a 2.ª Guerra Mundial, revela-se como dimensão essencial na salvaguarda da memória coletiva de uma comunidade. No entanto, o património não está limitado aos monumentos. Além do património imóvel, hoje sabemos que o património também pode ser móvel, geológico, e até imaterial. E se lhe dissesse que as árvores também podem ser reconhecidas como património e são dignas até de classificação, tal como os monumentos?

Neste âmbito, a França foi um dos países pioneiros, tendo instituído em 2 de maio de 1930 uma lei que levou à proteção de monumentos naturais. A Convenção para a Proteção do Património Mundial, Cultural e Natural seria adotada pela UNESCO apenas em 1972. Portugal aderiu a esta Convenção ano de 1979, consagrando os seus princípios na nossa legislação, no mesmo período em que instituiu também os parques e reservas naturais.

Mesmo tratando-se de um bem finito, o reconhecimento público do património natural, nomeadamente as árvores, convoca as sociedades, não apenas para a sua proteção legal e inventariação, como convoca as pessoas para um maior envolvimento na sua salvaguarda e divulgação.

Por isso mesmo, em Portugal possuímos um Registo Nacional do Arvoredo de Interesse Público que integra “exemplares isolados ou conjuntos arbóreos que, pela sua representatividade, raridade, porte, idade, historial, significado cultural ou enquadramento paisagístico”, possam ser considerados de relevante interesse público e se recomenda a sua cuidadosa conservação.

No território bracarense já existem nove árvores classificadas. Na cerca do Mosteiro de Tibães dois cedros do Himalaia e um pinheiro-bravo bicentenário; no Bom Jesus do Monte, um plátano na mata do santuário e um carvalho-alvarinho junto à Estação do Ascensor; e um sobreiro e dois carvalhos-alvarinho no jardim junto à Capela de Santa Tecla, em São Victor. Todavia, a mais majestosa e ancestral árvore bracarense integrada no Registo Nacional do Arvoredo de Interesse Público é o tulipeiro da Virgínia que, do alto dos seus 27 metros de altura e quase 300 anos de existência, está implantado no Jardim do Museu dos Biscainhos.

                Esta árvore exótica, natural do leste da América do Norte, um género de plantas com flor pertencente à família Magnoliaceae, que está associada à aristocracia nortenha na região do Minho, que fomentou a sua implantação no território. Com esta ancestralidade só existem em Portugal três exemplares, um no Porto e dois na cidade de Braga, um no jardim da Casa do Passadiço e o já citado exemplar nos Biscainhos.

 Associada a um dos mais relevantes exemplares da arquitetura civil bracarense, esta árvore encontra-se implantada num dos mais importantes jardins barrocos portugueses. No ano em que celebramos especialmente André Soares, artista que deixou a sua marca bem vincada no mesmo jardim, podemos certamente afirmar que terá contemplado o jovem tulipeiro da Virgínia que hoje podemos admirar.

Esta árvore, que marca indelevelmente a paisagem do coração braguês, é uma das árvores finalistas para representar Portugal no concurso europeu “Tree of the Year 2021” (Árvore do ano 2021).

A nível nacional, o concurso é organizado pela União da Floresta Mediterrânica, que habilita a árvore portuguesa vencedora a concorrer à votação para a Árvore Europeia do Ano. O concurso da Árvore Europeia do Ano surgiu em 2011 e foi inspirado num popular concurso organizado pela República Checa. Desde então, o número de países envolvidos nesta competição tem vindo a aumentar, sendo o concurso europeu constituído pelos vencedores dos diferentes concursos nacionais.

O concurso pretende destacar a importância das árvores antigas na herança cultural e natural, não se focando apenas na beleza, no tamanho ou na idade da árvore, mas sim na sua relação com a comunidade. A votação online decorre até 23 de novembro em https://portugal.treeoftheyear.eu/Vote. Todos os bracarenses estão, pois, convocados para ajudar a fazer do Tulipeiro dos Biscainhos a Árvore Europeia do Ano.

 

Rui Ferreira

Presidente da Direção da Braga Mais

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

+ PATRIMÓNIO :: Percursos Brácaros: Azulejos de São Victor

 
As associações Braga + e JovemCoop vão retomar a segunda série dos Percursos Brácaros, promovendo mais um ciclo de visitas guiadas digitais ao Património bracarense

Este ciclo inicia-se no próximo sábado, 24 de Outubro, com uma visita guiada digital aos azulejos da Igreja de São Victor, um dos mais espetaculares legados do Barroco na cidade de Braga.

Esta iniciativa, realizada em parceria com a Junta de Freguesia de São Victor e com a colaboração da Paróquia de São Victor, decorre a partir das 10h30, podendo ser acompanhada a partir da página da JovemCoop no Facebook. O horário da atividade fica condicionado à possibilidade da existência de cerimónias religiosas excecionais. 

No renovado templo de S. Victor, Gabriel del Barco haveria de elaborar um dos mais importantes conjuntos de azulejaria barroca existente em território nacional e, quiçá, o primeiro conjunto de azulejos azuis e brancos com esta dimensão executado em Portugal. O contrato foi assinado a 26 de Abril de 1692 e a colocação dos azulejos deverá ter sido concretizada nos dois anos seguintes. Este ambicioso conjunto azulejar, que deveria recobrir todas as paredes do templo, conta-nos um pedaço da história de Braga e dos seus veneráveis santos.

Este segundo ciclo de Percursos Brácaros é uma forma de ambas as associações manterem a sua atividade, perante a situação pandémica, que teima em não amenizar os seus efeitos.

8.º Aniversário da Braga Mais


«Uma comunidade sem alma, sem memória e sem história não sobrevive ao futuro e está condenada a circular como diletante pelos caminhos do mundo, sem transportar horizonte e desprovida de qualquer anseio. Não queremos isso para Braga! Estamos certos que a nossa palavra e intervenção serão agentes efectivos de sensibilização e mudança. Seremos intérpretes inegáveis de uma geração cada vez mais consciente da valia do seu passado, que aspira a mais, e que sabe que pode alcançar esse mais com o seu esforço e empenho.»


Apresentação pública da Associação Braga Mais,
Torre de Menagem
21 de Outubro de 2012

sábado, 12 de setembro de 2020

+ CIDADANIA: Por uma Reforma da Toponímia

A toponímia tem a sua origem etimológica na junção de dois vocábulos gregos, que significam “o nome do lugar”. A designação toponímica assume especial relevância na preservação da memória e identidade das comunidades, perpetuando personalidades, datas ou factos.

O topónimo também nos permite perceber a evolução histórica do lugar e as pessoas que aí tiveram a sua morada ou desempenhavam o seu ofício. Isto particularmente se aplica às ruas mais antigas de um determinado núcleo urbano.

A mudança de regimes políticos também aparece refletida na toponímia. Procurando, por um lado, apagar as denominações associadas ao regime anterior, e por outro exaltar o neófito regime. Estas alterações, levadas a efeito, muitas vezes, com fervor excessivo, contribuíram para a ausência de critérios objetivos e distância crítica. Assim sucedeu na cidade de Braga em diversos momentos. Recordemos o caso da rua do Souto, que chegou a designar-se rua Rodrigues de Carvalho ou da rua dos Capelistas que se a chamou de rua Conde de Paçô Vieira. Uma Reforma Toponímica, promovida em 1942, acabou por corrigir alguns dos excessos cometidos ainda no período monárquico, devolvendo os primitivos topónimos a algumas das ruas, que os bracarenses continuavam chamar pelo seu nome original.

A toponímia não deve ser uma mera opção administrativa, nem o somatório arbitrário de conjunturas políticas ou caprichos pessoais. Deve, sim, obedecer a um código de ponderação e uma certa racionalidade. Para que serve a toponímia senão para verter um dispositivo identitário atrás de si, remetendo para a história dos lugares, mas também homenageando factos e personalidades de relevância, primordialmente, local. Se as cidades não souberem ressaltar a sua própria memória coletiva, quem o fará?

É estranho que numa cidade onde prevalecem no entendimento comum topónimos como “Campo da Vinha”, “Largo das Latinhas”, “rua da Cónega” ou “Pelames”, insistamos nas designações que, em algum momento, a edilidade deliberou alterar. Nada me opõe ao Monsenhor Airosa ou ao Conde de Agrolongo, dado que ambos justificam plenamente figurar na toponímia bracarense, mas teria que ser à custa de nomes tão significantes para a cidade?

Por que não o regresso aos topónimos originais de algumas ruas, tal como foi feito, com relativa eficácia, em 1942? Porque não chamar Campo Novo à Praça Mouzinho de Albuquerque ou rua da Cónega à rua da Boavista? Não é esse o patente desejo dos bracarenses e um traço que remete para a própria história dos lugares?

Uma solução adotada por algumas cidades foi colocar a designação oficial acompanhada de uma alusão ao topónimo original. Também seria uma boa solução, todavia, em alguns casos, parece óbvia a opção pelo simples regresso à designação original, tal o grau de apropriação dos cidadãos em relação à primitiva denominação. O Campo da Vinha é assim designado desde o século XVI. O seu nome foi alterado duas vezes desde 1865 e os bracarenses continuam a conhecê-lo pelo seu topónimo original.

Outra questão que a toponímia levanta é o critério de atribuição dos novos topónimos. Quantos bracarenses saberão quem foi António Macedo ou o que fez para merecer ter o seu nome na avenida mais extensa da cidade? E qual a relevância para Braga do rei D. João II ou do literato Antero de Quental, dado que ambos designam duas das maiores artérias da cidade?

Pessoalmente não entendo como uma figura histórica com a relevância do Arcebispo D. Rodrigo de Moura Teles não foi escolhido como topónimo dessas novas ruas surgidas nas décadas mais recentes. É verdade que já se encontra na toponímia de duas ruas secundárias em freguesias periurbanas, mas não justificaria maior distinção? E a ausência de referências aos Suevos, que fizeram de Braga a capital do seu reino ibérico?

Quando falamos da toponímia uma outra problemática se levanta: as placas toponímicas, dado que passou a ser tutelada pelas juntas de freguesia. Nos municípios em que os regulamentos de toponímia não especificam um normativo a este propósito, as ruas tornam-se num verdadeiro depósito de estéticas, brasões e variações cromáticas.

Sabemos que hodiernamente, a designação toponímica se encontra numa fase de certa ataraxia. A cidade de Braga alargou-se imenso nas últimas décadas, refletindo-se na criação de novos arruamentos. No entanto, devido à existência de muitos espaços por urbanizar, têm sido mais escassas as propostas toponímicas que têm surgido. Essa circunstância deve obrigar a um critério apertado no que concerne à atribuição de novos topónimos, mas também poderia inaugurar a atribuição de topónimos a outros espaços anónimos, como os jardins ou rotundas.

A realização de uma Reforma da Toponímia, acompanhada pela criação de uma Comissão onde se reunisse um conjunto de pessoas no qual, além dos políticos responsáveis, teriam assento bracarenses que pensam e aprofundam a memória e identidade da cidade, aparece como uma possibilidade que poderia conferir maior sentido à toponímia bracarense, retificando alguns lapsos cometidos na história mais recente da nossa cidade.

 

 Rui Ferreira

Presidente da Direção da Braga Mais 

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

+ PATRIMÓNIO: Percurso Brácaro Especial - Recolhimento das Convertidas

A JovemCoop completa neste mês de agosto mais um aniversário. Por isso mesmo, as associações Braga + e JovemCoop vão realizar um Percurso Brácaro Especial com uma visita guiada digital ao Recolhimento das Convertidas. Esta iniciativa, realizada em parceria com a Junta de Freguesia de São Victor e com os Amigos das Convertidas, decorre este sábado,15 de Agosto, a partir das 10h30, com o propósito de dar a conhecer um lugar do património bracarense que é especial para a nossa associação. A visita pode ser acompanhada a partir da página da JovemCoop no Facebook.

O Recolhimento de Santa Maria Madalena e São Gonçalo, mais conhecido como “Convertidas”, foi uma instituição de cariz assistencial fundada pelo Arcebispo D. Rodrigo de Moura Telles em 1720 sobre uma antiga ermida dedicada aos santos Bartolomeu e Gonçalo. Edifício barroco com a fisionomia de um convento, destinava-se a dar abrigo a «mulheres convertidas a Deus por livre vontade, arrependidas do coração e de seus erros», abrindo as portas a 22 ou 25 de abril de 1722.
Espaço de oração, trabalho e penitência para um número variável de duas a quatro dezenas de recolhidas, funcionava como uma comunidade religiosa, embora as motivações para as entradas fossem diversas. As expulsões e fugas eram frequentes. Com regente e capelão, a instituição viu revista a sua missão em sucessivas ocasiões, mantendo, todavia, o seu âmbito assistencial junto da população feminina.
Desde 1884 sob a alçada do Governo Civil, fechou as portas em 1999 devido ao estado de degradação em que se encontrava. Em 2012 foi classificado como Monumento de Interesse Público e em 2014 foi preservado e inventariado todo o seu espólio.

quarta-feira, 22 de julho de 2020

+ PATRIMÓNIO: Percursos Brácaros - Falperra

As associações Braga + e JovemCoop vão terminar esta série de Percursos Brácaros com uma visita guiada digital à Falperra, nomeadamente às capelas de Santa Marta do Leão e da Capela de Santa Maria Madalena. Esta iniciativa, realizada em parceria com a Junta de Freguesia de São Victor e com a Irmandade da Falperra, decorre este sábado, 25 de Julho, a partir das 10h30, com o propósito de dar a conhecer um lugar de património e celebração para todos os bracarenses, que coincide com a data da sua habitual romaria. A visita pode ser acompanhada a partir da página da JovemCoop no Facebook.
Tal como é usual na tradição cristã do Entre Douro e Minho, os pontos mais elevados desta montanha acolheram, desde cedo, lugares de culto. A devoção a Santa Marta foi instaurada no monte das Cortiças e, mais tarde e por influência deste, no seu sopé. Também Maria Madalena, que uma das tradições hagiográficas cristãs aponta como sendo irmã de Marta, viu surgir numa vertente oposta da Falperra – mais propriamente na base do Monte Frio - o seu espaço de culto, que seria redesenhado por André Soares em meados do século XVIII. Com esta visita guiada, as duas associações continuam a dar preferência ao legado de André Soares, associando-se às comemorações dos 300 anos do nascimento do artista bracarense.

quarta-feira, 1 de julho de 2020

+ Património: Percursos Brácaros - Palácio do Raio


As associações Braga + e JovemCoop vão dar continuidade aos seus Percursos Brácaros com uma visita guiada digital ao Palácio do Raio. Esta iniciativa, realizada em parceria com a Junta de Freguesia de São Victor e com a Misericórdia de Braga, decorre este sábado, 4 de Julho, a partir das 10h30, com o propósito de dar a conhecer a história e o património deste exemplar tão relevante da arquitetura civil bracarense. A visita pode ser acompanhada a partir da página da JovemCoop no Facebook. O palácio do Raio é uma das obras-primas de André Soares. Construído a partir de 1752, destinava-se a servir de habitação à família do rico comerciante João Duarte Faria. Sofreu algumas alterações no decorrer do século XIX, quando estava na posse de Miguel José Raio, o homem que deixou o seu nome à casa. Contudo, a designação do palácio mais popular entre os bracarenses era "Casa do Mexicano", devido à estátua do que aparenta ser um turco, que se encontra em destaque na escadaria principal, e saiu também das mãos do mestre André Soares. O palácio do Raio esteve, até 2011, na posse do Estado. Como sua proprietária, a Santa Casa da Misericórdia de Braga encetou um processo de reabilitação ao edifício, passando a acolher, desde 2015, os serviços centrais da instituição e o Centro Interpretativo Memórias da Misericórdia de Braga. Desta forma, as duas associações continuam a dar preferência ao legado de André Soares, associando-se às comemorações dos 300 anos do nascimento do artista bracarense.

quarta-feira, 17 de junho de 2020

+ PATRIMÓNIO: Percursos Brácaros - Capela de São João da Ponte



Aproximando-se as Festas de São João, momento primordial da celebração coletiva bracarense, damos continuidade aos nossos Percursos Brácaros com uma visita guiada digital à Capela de São João da Ponte. Depois da bem-sucedida visita digital à Capela de Guadalupe, a JovemCoop e a Braga Mais juntam-se novamente com o propósito de dar a conhecer o património bracarense.

Esta iniciativa, realizada em parceria com a Junta de Freguesia de São Victor e com a Paróquia de Santo Adrião, decorre este sábado, 20 de Junho, a partir das 10h30com o propósito de dar a conhecer a história e o património deste templo tão especial para os bracarenses. A visita pode ser acompanhada a partir da página da JovemCoop no Facebook.

A Capela de São João da Ponte é um dos ícones das sanjoaninas bracarenses. Edificada em 1616, surge no preciso local onde decorria o epicentro das celebrações em honra de São João Baptista na cidade de Braga. A corrida do porco preto, citada pelo menos desde o século XVI, atraía então as atenções populares e concentrava toda a dinâmica dos festejos. A proibição da incorporação da Bandeira da Cidade, com a representação de Nossa Senhora, na Corrida do Porco Preto, ocorrida em 1614, acabaria por ser o mais que provável fundamento para a construção da capela. Dizem as atas municipais que em substituição da Bandeira se deveria celebrar uma eucaristia antecedendo a corrida, talvez para acalmar os acicatados ânimos que precediam a competição. No ano seguinte já se falava da ermida “que se fazia à Coutada dos Arcebispos”.

Apesar do desaparecimento da célebre Corrida do Porco Preto, a Capela continuou a ser um dos epicentros das seculares celebrações bracarenses a São João Baptista, realizando-se no seu entorno uma “grande feira anual” a 23 e 24 de Junho. Espaço de memória e de memórias, muitas delas associadas inevitavelmente aos festejos sanjoaninos, a valia desta capela não se mede pela sua qualidade artística, mas pela importância comunitária de que se reveste para os bracarenses. A capela tem uma arquitetura singela, com dois campanários e um alpendre, tendo sido reformada provavelmente nos finais do século XVIII e início do seguinte. Na verga da porta principal do templo é observável a data da sua construção: “ANNO DE 1616”. Localizada junto a uma das principais saídas da cidade, a estrada para Guimarães, a capela adquiriu o nome em referência à ponte que servia de passagem sobre o rio Este. 

A capela, devotada “ao Bautista” - como no-lo comprovam crónicas setecentistas - apesar de algumas infundadas dúvidas colocadas sobre a titularidade do orago, detinha outras destacadas devoções como é o caso de Nossa Senhora do Parto ou de São Cristóvão. Mais tarde acabariam por incorporar-se as devoções a Santa Felicidade e ao Senhor da Saúde, outrora nas Carvalheiras. Enriquecida em 1919 com alguns elementos do demolido Convento dos Remédios, a Capela de São João da Ponte viu surgir no seu entorno o primeiro parque urbano de Braga.


terça-feira, 2 de junho de 2020

+ PATRIMÓNIO: Percurso Brácaro: Capela de Guadalupe

A Braga + viu abalada a sua atividade perante a pandemia que se instalou na nossa sociedade desde o passado mês de março, continuando hoje a condicionar o nosso quotiadiano. Por isso mesmo, foi imperativo cancelar todas as ações previstas até ser viável a sua retoma.

Adaptando-nos a este exigente contexto, e de forma a continuarmos a viver a nossa missão, vamos promover, em conjunto com a JovemCoop, um ciclo quinzenal de visitas guiadas digitais, que decorrerá até ao final de julho, mais propriamente nos dias 6 e 20 de junho, 4 e 18 de julho. 

A primeiras destas iniciativas decorre este sábado com uma visita guiada digital à Capela de Guadalupecom o propósito de dar a conhecer a história e o património deste templo tão especial da cidade de Braga. A visita decorre a partir das 10h30 deste sábado, 6 de junho, a partir da página da JovemCoop no Facebook.

A cidade de Braga possui inúmeros lugares que, pela sua localização em espaços mais distantes dos circuitos principais ou até pela sua geografia, se encontram mais ausentes do conhecimento dos próprios bracarenses. É esse o paradigmático caso da Capela de Guadalupe, localizada sobre uma elevação muito próxima da Avenida Central, envolvida por um pequeno parque verde, além de permitir um miradouro natural para a zona nascente da cidade. Está escondida, podemos dizê-lo, mas demasiado próxima dos espaços mais frequentados da cidade.

terça-feira, 21 de janeiro de 2020

MEMÓRIAS DE BRAGA: Livrarias bracarenses


Braga + promove no próximo dia 30 de janeiro, pelas 21h30, mais uma tertúlia inserida no ciclo Memórias de Braga, que vai ter como temática principal as Livrarias Bracarenses, aquelas que ainda hoje exercem a sua atividade, mas particularmente as que já desapareceram e deixaram uma memória significativa na comunidade bracarense.

Esta iniciativa, que se realiza no auditório da Junta de Freguesia de São Victor, terá como convidados Augusto Ferreira (Livraria Cruz e Livraria Minho), Fernando Santos (Livraria Cruz), Manuel Bonjardim (Livraria Pax e Livraria Bracara) e Fernando Mendes (Livraria Nova Cultura). A moderação estará a cargo de Rui Ferreira.

Como vem sendo habitual, durante a sessão estará exposta uma pequena mostra de documentos e fotografias recolhidos por Fernando Mendes, que complementam a informação que será abordada nesta sessão.

Ao longo do último século e meio, Braga foi muito pródiga em livrarias que, por motivos diversos, deixaram de existir. Memoramos as desaparecidas Livraria Cruz, Livraria Gualdino Correia, Livraria Pax, Livraria Casa do Globo, Livraria Victor, Livraria Augusto Costa, Livraria Central, Livraria Académica, Livraria Nova Cultura, Livraria Palha, Livraria Íris ou a Livraria Sameiro, deixando fora deste rol aquelas que continuam a cumprir, hoje, a sua missão. Muitas destas livrarias, além de fomentarem o gosto pela leitura e permitirem o acesso aos livros que se iam publicando, deram um contributo incalculável como editoras.

Recorde-se que o ciclo “Memórias de Braga” realiza-se, com constância bimestral. Cada conversa, que se quer informal, anda à volta de um ou mais convidados. O objetivo é mesmo o de conversar, público e convidado, no sentido de partilhar e construir memórias sobre a cidade.


quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

+ CIDADANIA: Memórias de Braga: Livrarias

Correio do Minho, 14 de Janeiro de 2020

A escrita constituiu-se uma revolução para a humanidade. Terá tido a sua origem no Próximo Oriente há cerca de cinco mil anos. Barro, madeira, marfim ou pedra foram os primeiros materiais utilizados para gravar símbolos. Surgiria, entretanto, pelos Egípcios, a escrita hieroglífica, constituída por imagens desenhadas. Mais tarde surgiria o papiro, utilizado como base para a escrita.
Mil anos depois, na China inventou-se a escrita pictográfica. Coube, porém, aos fenícios inventar o alfabeto na primeira metade do segundo milénio a.C., limitado a 22 sinais, consonânticos com uma grafia. Os gregos adotariam esse alfabeto, introduzindo-lhe melhorias.
A invenção da imprensa por Gutenberg levou a uma célere evolução da escrita, despontando na Renascença uma escrita mais fluída e amplificadora de sentidos. O primeiro editado foi a Bíblia, em latim, por ele publicado em 1455, com 642 páginas. A sua execução demorou cerca de cinco anos. Foi esta facilidade de imprimir conteúdos escritos que permitiu que o livro se tornasse um objeto acessível a um número crescente de pessoas e se generalizasse no quotidiano das sociedades.
Do século XVII, especificamente usada na imprensa, foi evoluindo para soluções muito personificadas até ao século XVIII. Uma via de uniformização veio a ser prosseguida com o desenvolvimento da imprensa jornalística moderna, com o perfil que hoje conhecemos e é bastante diferente dos seus primeiros tempos.
Em Portugal, o primeiro livro impresso, de que sobram registos, foi publicado no ano de 1495. Foi impresso por Samuel Gacon. Este impressor era de origem andaluza e terá fugido de Sevilha após o início da perseguição aos judeus promovida pelos Reis Católicos. Ou seja, um judeu que encontrou refúgio em Portugal e veio introduzir os seus conhecimentos no nosso país.
A partir do século XIX as técnicas de impressão registaram sucessivas evoluções, permitindo o incremento da publicação de livros, aumentando as tiragens e baixando consideravelmente os preços. O livro passou a ser de acesso, tendencialmente, universal, permitindo promover as ideias dos intelectuais e desenvolver a criatividade dos literatos. A abertura de livrarias generalizou-se. A Livraria Bertrand, no Chiado, em Lisboa, é a livraria comercial mais antiga de Portugal, tendo sido fundada em 1732 por Pedro Faure.
Em Braga, entre os séculos XVI a XVIII, terá existido uma espécie de livraria no espaço do Paço Arquiepiscopal. Esta serviria de suporte à atividade litúrgica e missionária dos sacerdotes da Arquidiocese. Sabemos que Gonçalo Basto foi nomeado livreiro do Arcebispo no ano de 1600. Recorde-se também o impressor Frutuoso Lourenço de Basto.
Ao longo do último século e meio, por exemplo, Braga foi muito pródiga em livrarias que, por motivos diversos, deixaram de existir. Memoramos as desaparecidas Livraria Cruz, Livraria Gualdino Correia, Livraria Pax, Livraria Casa do Globo, Livraria Victor, Livraria Augusto Costa. Livraria Central, Livraria Académica, Livraria Nova Cultura ou Livraria Sameiro, deixando fora deste rol aquelas que continuam a cumprir, hoje, a sua missão. Muitas destas livrarias, além de fomentarem o gosto pela leitura e permitirem o acesso aos livros que se iam publicando, deram um contributo incalculável como editoras.
 Nesse sentido, a Braga Mais organiza no próximo dia 30 de Janeiro, a partir das 21h30, no auditório da Junta de Freguesia de São Victor, mais uma sessão do ciclo “Memórias de Braga”, precisamente evocando as livrarias bracarenses, partindo da partilha de alguns dos seus protagonistas.

Fernando Mendes
Vice-Presidente da Braga Mais

+ CIDADANIA: O Património como missão

Correio do Minho, 17 de Dezembro de 2019

Quando a Braga Mais nasceu há pouco mais de sete anos, sentimos um imperativo partilhado com um grupo significativo de bracarenses para a salvaguarda e valorização do património cultural. Este sentimento continua hoje presente na nossa missão, pois temos consciência que são inúmeros os desafios que se colocam de forma premente ao património bracarense, seja ele edificado, móvel ou imaterial.
É curioso verificar que as comunidades despertam para a valorização do seu património sempre que sentem alguma ameaça à sua identidade. E não foi diferente na cidade de Braga. Como não recordar o que se passou com a defesa das Sete Fontes? Os cidadãos uniram-se em movimentos e conseguiram alterar o destino daquele complexo monumental. Mais recentemente tivemos o caso de sucesso do movimento “São Geraldo Cultural”, que obrigou o poder político a refletir sobre o destino de um antigo equipamento cultural.
Como sabemos, apesar da sociedade europeia ter manifestado uma peculiar sensibilidade para a preservação dos elementos vinculados às civilizações clássicas a partir do Renascimento, seria em França, mais propriamente na sequência da revolução de 1789, que a necessidade de preservar e salvaguardar o legado patrimonial se revelaria à sociedade (Choay, 2008). Aliás, a palavra “património” remete, desde logo, para a dimensão de posse e de valor intrínseco de uma determinada realidade, sendo, neste caso, aplicada não apenas a um titular, mas a toda a comunidade. O Património é, assim entendido, uma herança ou um legado que recebemos dos nossos antepassados e que temos o dever de preservar.
Tal como as destruições de cidades e monumentos provocadas pela II Guerra Mundial no centro da Europa fez avançar significativamente a sensibilidade patrimonial das sociedades ocidentais a partir de meados do século XX, também os exageros assoladores promovidos pelo jacobinismo francês acabaram por servir de fundamento ao aparecimento dos primeiros mecanismos legais de proteção do Património. Como não recordar a demolição, pedra a pedra, de um dos maiores templos da Cristandade, a Abadia de Cluny, sucedida entre 1791 e 1812 por intermédio dos partidários da revolução francesa? Os tempos de decisões extremas foram sempre os despoletadores de mudanças significativas das sociedades, neste caso no sentido de uma consciencialização mais declarada pelos elementos que se constituiriam como elos de uma identidade partilhada. A responsabilidade pela defesa do Património não é apenas missão dos poderes públicos, mas é tarefa de toda a comunidade. Todos somos chamados a dar um contributo efetivo para a salvaguarda das heranças que definem a nossa identidade.
Podemos promover a salvaguarda do Património de muitas maneiras. A Braga Mais escolheu a divulgação contínua dos nossos diversos patrimónios através dos percursos temáticos promovidos, procurando que cada vez mais bracarenses o conheçam e sejam os seus primeiros divulgadores e promotores da sua proteção.
E dando sequência a este que é o principal eixo da nossa missão, a Braga Mais, juntamente com a JovemCoop, organiza este sábado, a partir das 10h00, mais um percurso pelo património bracarense, desta vez assinalando os 250 anos da morte de André Soares. Iremos percorrer algumas das principais obras deste artista bracarense, deixando o especial desafio aos participantes de trazerem garrafas de azeite de forma a contribuírem para os cabazes de Natal da Comissão Social da Paróquia de São Victor. Contamos consigo?

Rui Ferreira
Presidente da Direção da Braga Mais

+ CIDADANIA: Memórias de Braga: Santos da Cunha

Correio do Minho, 19 de Novembro de 2019


A Braga Mais organiza desde há seis anos um ciclo de sessões intitulado “Memórias de Braga”. Cada conversa, que se quer informal, anda à volta de um ou mais convidados que recordam personalidades, ofícios ou momentos relevantes do quotidiano bracarense. Luís Costa, Victor de Sá, Malas Ferreira, Viriato Nunes, Chapelaria, Nogueira da Silva, entalhadores, entre muitos outros, foram recordados nestas sessões. O objetivo é mesmo o de conversar, público e convidados, no sentido de partilhar e construir memórias sobre a cidade.
Uma das primeiras sessões deste ciclo, realizada a 11 de novembro de 2013, foi dedicada a António Maria Santos da Cunha, tendo tido como convidado o seu ex-secretário pessoal, Henrique Pereira.
António Maria Santos da Cunha, nasceu na freguesia da Sé a 10 de Novembro de 1911, filho de Sebastião Santos da Cunha e de Libânia de Jesus Fernandes Cunha, tendo casado com Rosa Mendes Santos da Cunha.
Bairrista exacerbado, Santos da Cunha é reconhecido pelo seu fervor apaixonado a todas as causas da cidade de Braga. Comerciante de profissão, cedo se envolveu em inúmeras instituições da cidade, nomeadamente no Grémio do Comércio, Sindicato dos Caixeiros e Comissão de Festas de São João. Foi presidente da Câmara Municipal de Braga entre 1949 e 1961, período no qual foi lançado o plano de urbanização do sul da cidade e a Rodovia. Homem reconhecidamente ligado ao Estado Novo desempenhou ainda os cargos de deputado à Assembleia Nacional, Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso e Governador Civil de Braga.
Durante o ser percurso, foram incontáveis todas as suas participações em instituições e associações culturais, de entre outras: Real Academia Galega, Academia das Ciências Sociais e Políticas de São Paulo, Sociedade Martins Sarmento, Associação de Jornalistas e Homens de Letras do Porto, Associação Jurídica de Braga ou a Sociedade Histórica da Independência de Portugal.
Deu o seu grande contributo como provedor da Misericórdia na ampliação do Hospital de São Marcos e na construção do Centro de Recuperação e Ortopedia. No desporto é de salientar o seu forte empenhamento na construção do Estádio 28 de Maio e no apoio entusiástico ao Sporting Clube de Braga.
António Maria Santos da Cunha era conhecido como um homem de fibra, de coração e muita inteligência. Um dia recebeu em audiência dois irmãos que o “combatiam fortemente”. Tendo sido chamado à atenção de quem eles eram, respondeu: “Eu sei que dizem mal de mim, que são meus inimigos, mas … são dois bracarenses, e isso é que conta”.
Faleceu a 26 de Março de 1972, em plena Semana Santa, tendo despertado inúmeras manifestações de pesar. O seu préstito fúnebre foi acompanhado desde a Igreja do Hospital por várias dezenas de milhares de pessoas. Durante o cortejo fúnebre, quatro aviões do Aero-Clube de Braga sobrevoaram-no, lançando flores sobre a urna.
Os seus sobrinhos D. Maria Manuela Santos da Cunha Quintas e José Joaquim da Cunha Nicolau, ofereceram parte do seu espólio à Santa Cada da Misericórdia de Braga, perpetuando a sua memória e legado.

Fernando Mendes
Vice-Presidente da Braga Mais

+ CIDADANIA: A geração que ama Braga

Correio do Minho, 22 de Outubro de 2019


Assim titulava o Correio do Minho, na sua edição de 22 de outubro de 2012, a apresentação pública da associação Braga Mais, nascida sob os auspícios de um grupo de bracarenses apaixonados pela sua cidade. Hoje, ao iniciarmos esta parceria, que agradeço na pessoa do Diretor do Correio do Minho, não poderia deixar de remeter para esse momento de enorme significado, que decorreu simbolicamente no alto da Torre de Menagem, no qual traçamos as linhas orientadoras da nossa missão.
Foi, precisamente, no baluarte essencial na defesa de tão augusta urbe, que nos propusemos iniciar um projeto de cidadania e intervenção, que fundamentalmente ia de encontro a um interesse pelo património e pela cultura manifestado crescentemente pelos bracarenses.
A salvaguarda da memória através da valorização e divulgação dos diversos patrimónios acumulados foi sempre o nosso objetivo primordial. Percebemos a memória coletiva como fator primordial de coesão social, além de responsável pela criação de uma comunidade afetiva (Pollak, 1989). O reforço da coesão social de que o património pode ser agente permite-nos um vínculo mais efetivo ao grupo no qual nos inserimos.
Uma comunidade sem alma, sem memória e sem história não sobrevive ao futuro e está condenada a circular como diletante pelos caminhos do mundo, sem transportar horizonte e desprovida de qualquer anseio. Não queremos isso para Braga! Estamos certos que a nossa palavra e intervenção são agentes efetivos de sensibilização e mudança. Somos intérpretes inegáveis de uma geração cada vez mais consciente da valia do seu passado, que aspira a mais, e que sabe que pode alcançar esse mais com o seu esforço e empenho.
Da mesma forma, a nossa missão confirma a cidadania ativa a que todos somos chamados nas sociedades hodiernas. Sublinhamos, neste âmbito, a visão de Michel Foucault sobre o nível molecular de poder que nos assiste. A cidadania não é mais do que a consciência de que cada um de nós possui um certo nível de poder na cadeia social em que se insere. Apesar de muitas vezes estarmos distantes do centro de decisão, ou termos a consciência de que somos apenas comandados, existe sempre a possibilidade de exercer uma certa influência sobre a sociedade, particularmente quando vivemos inseridos num regime democrático. Por mais deficiências que o exercício democrático revele, ou mesmo que se viva num regime autoritário, cada cidadão tem sempre a possibilidade de se manifestar, de diversas formas, e dessa forma influenciar as decisões. Provamos, ao longo destes anos, que é possível fazer valer a nossa voz no seio da comunidade em que nos inserimos.
Cada tempo tem as suas preocupações e desafios, exprimindo-os de formas diversas relativamente ao passado. Por isso mesmo, deveremos estar sempre disponíveis para atualizar e rever as formas como desempenhamos a nossa missão. Ao cumprirmos sete anos de existência, queremos continuar a dar passos firmes na construção de uma comunidade mais consciente do seu valor.
Na Braga Mais não mudamos de ideias ou convicções. A nossa missão é Braga e a sua identidade e assim continuará a ser.


Rui Ferreira
Presidente da Direção da Braga Mais

Comemorações do 7.º aniversário da Braga Mais :: registos

Diário do Minho, 23 de Outubro de 2019
O Presidente da Assembleia Geral e o Presidente da Direção da Braga Mais na abertura da exposição do 7.º aniversário



Diário do Minho, 26 de Outubro de 2019
Correio do Minho, 26 de Outubro de 2019