terça-feira, 1 de outubro de 2024

+ PATRIMÓNIO: Vamos reavivar o Castro de Monte Redondo

 


A associação Braga Mais, juntamente com a União de Freguesias de Guisande e Oliveira São Pedro, vai organizar, nos próximos dias 11 e 12 de outubro, o ciclo de iniciativas “Vamos reavivar o Castro de Monte Redondo”, que tem como objetivo alertar a comunidade para o imperativo de promover a valorização e salvaguarda do mais importante povoado proto-histórico bracarense.

A primeira iniciativa tem lugar na sexta-feira, 11 de outubro, pelas 21h15, no auditório da Junta de Freguesia de Guisande, com a realização da conferência “A pré-história de Braga e o Castro de Monte Redondo”, por Rui Ferreira, que visa dar a conhecer a historiografia pré-romana do nosso território, versando particularmente nos estudos promovidos por Albano Belino no Castro de Monte Redondo.

Na manhã do dia seguinte, sábado, 12 de outubro, vai decorrer uma caminhada ao Castro de Monte Redondo, com subida ao alto da montanha e visita aos vestígios ali expostos. A caminhada tem o seu início agendado para as 10h00, sendo o ponto de encontro junto da Igreja de Guisande.

A organização aconselha a todos os participantes a optarem por roupa e calçado adequados à caminhada, que terá uma extensão de cerca de 4 km. A participação é livre, não necessitando de inscrição prévia. Caso se verifiquem condições meteorológicas adversas, a caminhada terá que ser adiada.

O Castro de Monte Redondo é possivelmente o mais importante povoado proto-histórico do território bracarense. Localizado na freguesia de Guisande, no alto do também denominado monte Cossourado ou de São Mamede, a uma altitude de 427 metros, detém uma posição de domínio sobre os vales do Pelhe, em Famalicão e sobre a veiga de Penso, em Braga.

Devemos a Albano Belino, o precursor da arqueologia bracarense, além do alerta para a relevância patrimonial do Castro de Monte Redondo, os primeiros e mais significativos trabalhos de prospeção arqueológica daquele povoado castrejo desenvolvidos nos anos de 1899 e 1900. As escavações revelaram a existência de três muralhas, tendo a primeira mais de um quilómetro de perímetro e um conjunto muito significativo de habitações de plantas circulares e quadradas.

Devido à relevância dos vestígios ali encontrados, o Castro de Monte Redondo seria classificado como Monumento Nacional a 23 de junho de 1910. Apesar disso, encontra-se até hoje votado ao esquecimento e sem qualquer expectativa de valorização patrimonial.

 

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