A associação
Braga Mais, juntamente com a União de Freguesias de Guisande e Oliveira São
Pedro, vai organizar, nos próximos dias 11 e 12 de outubro, o ciclo de
iniciativas “Vamos reavivar o Castro de Monte Redondo”, que tem como objetivo
alertar a comunidade para o imperativo de promover a valorização e salvaguarda
do mais importante povoado proto-histórico bracarense.
A primeira
iniciativa tem lugar na sexta-feira, 11 de outubro, pelas 21h15, no auditório
da Junta de Freguesia de Guisande, com a realização da conferência “A
pré-história de Braga e o Castro de Monte Redondo”, por Rui Ferreira, que visa
dar a conhecer a historiografia pré-romana do nosso território, versando
particularmente nos estudos promovidos por Albano Belino no Castro de Monte
Redondo.
Na manhã do
dia seguinte, sábado, 12 de outubro, vai decorrer uma caminhada ao Castro de
Monte Redondo, com subida ao alto da montanha e visita aos vestígios ali
expostos. A caminhada tem o seu início agendado para as 10h00, sendo o ponto de
encontro junto da Igreja de Guisande.
A organização aconselha a todos os participantes a optarem por roupa e calçado adequados à caminhada, que terá uma extensão de cerca de 4 km. A participação é livre, não necessitando de inscrição prévia. Caso se verifiquem condições meteorológicas adversas, a caminhada terá que ser adiada.
O Castro de Monte Redondo é possivelmente o mais importante povoado
proto-histórico do território bracarense. Localizado na freguesia de Guisande,
no alto do também denominado monte Cossourado ou de São Mamede, a uma altitude
de 427 metros, detém uma posição de domínio sobre os vales do Pelhe, em
Famalicão e sobre a veiga de Penso, em Braga.
Devemos a Albano Belino, o precursor da arqueologia bracarense, além do
alerta para a relevância patrimonial do Castro de Monte Redondo, os primeiros e
mais significativos trabalhos de prospeção arqueológica daquele povoado
castrejo desenvolvidos nos anos de 1899 e 1900. As escavações revelaram a
existência de três muralhas, tendo a primeira mais de um quilómetro de
perímetro e um conjunto muito significativo de habitações de plantas
circulares e quadradas.
Devido à relevância dos vestígios ali encontrados, o Castro de Monte
Redondo seria classificado como Monumento Nacional a 23 de junho de 1910.
Apesar disso, encontra-se até hoje votado ao esquecimento e sem qualquer
expectativa de valorização patrimonial.
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