A Associação Braga+ promove na próxima sexta-feira
dia 30 de Setembro, pelas 21h30, mais uma sessão de Memórias de Braga, desta vez
para recordar o ofício dos Sombreireiros e as Fábricas de Chapéus em Braga .
Com a propagação da moda do chapéu, que era utilizado
frequentemente por homens, militares e sacerdotes, mas que também se foi
popularizando no vestuário feminino, assistiu-se a uma procura que em Braga
haveria de ascender também devido à presença significativa da Igreja, que
acabaria por influenciar toda a sociedade bracarense de então.
O desenvolvimento de muitos mesteirais, oficinas
hereditárias que evoluíam na perícia de trabalhar a lã para a transformar nos
denominados sombreeiros, haveria de transformar Braga num centro de produção
significativo, escoando os seus chapéus para algumas regiões circundantes,
entre as quais a Galiza. Calcula-se que a cidade, em particular a freguesia de
S. Victor concentraria 370 profissionais de chapelaria, contabilizados nos
finais do século XVIII.
A decisiva concentração de oficinas manufatureiras de
chapéus dava-se na então paróquia de São Victor, “entre as ruas Nova da Seara,
rua da Régua, rua do Pulo e muito especialmente na hoje de São Domingos (antiga
rua do Assento)”. Esta concentração evoluiu com o crescimento demográfico da
cidade ao longo do século XIX, tendo evoluído até aos Peões, seguindo o traçado
da actual rua Nova de Santa Cruz. O surgimento de grandes indústrias de
chapelaria ao longo do século XIX vem confirmar esta tendência.
São convidadas para abordar esta temática Camila Machado e Ana
Maria Machado, Vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Ponte de Lima,
familiares do Sr. Machado Chapeleiro e atuais proprietárias da afamada Casa
Machado da rua do Souto.
Esta iniciativa, que se realiza no auditório da Junta de
Freguesia de S. Victor, dá sequência à pretensão da Braga + em recolher
testemunhos e memórias bracarenses.
No “ciclo de memórias” cada conversa é informal tem o objetivo de uma troca de conhecimentos entre o público e os convidados, partilhando-se as memórias que se querem vivas sobre as vivências da nossa cidade.
No “ciclo de memórias” cada conversa é informal tem o objetivo de uma troca de conhecimentos entre o público e os convidados, partilhando-se as memórias que se querem vivas sobre as vivências da nossa cidade.