quarta-feira, 17 de junho de 2020

+ PATRIMÓNIO: Percursos Brácaros - Capela de São João da Ponte



Aproximando-se as Festas de São João, momento primordial da celebração coletiva bracarense, damos continuidade aos nossos Percursos Brácaros com uma visita guiada digital à Capela de São João da Ponte. Depois da bem-sucedida visita digital à Capela de Guadalupe, a JovemCoop e a Braga Mais juntam-se novamente com o propósito de dar a conhecer o património bracarense.

Esta iniciativa, realizada em parceria com a Junta de Freguesia de São Victor e com a Paróquia de Santo Adrião, decorre este sábado, 20 de Junho, a partir das 10h30com o propósito de dar a conhecer a história e o património deste templo tão especial para os bracarenses. A visita pode ser acompanhada a partir da página da JovemCoop no Facebook.

A Capela de São João da Ponte é um dos ícones das sanjoaninas bracarenses. Edificada em 1616, surge no preciso local onde decorria o epicentro das celebrações em honra de São João Baptista na cidade de Braga. A corrida do porco preto, citada pelo menos desde o século XVI, atraía então as atenções populares e concentrava toda a dinâmica dos festejos. A proibição da incorporação da Bandeira da Cidade, com a representação de Nossa Senhora, na Corrida do Porco Preto, ocorrida em 1614, acabaria por ser o mais que provável fundamento para a construção da capela. Dizem as atas municipais que em substituição da Bandeira se deveria celebrar uma eucaristia antecedendo a corrida, talvez para acalmar os acicatados ânimos que precediam a competição. No ano seguinte já se falava da ermida “que se fazia à Coutada dos Arcebispos”.

Apesar do desaparecimento da célebre Corrida do Porco Preto, a Capela continuou a ser um dos epicentros das seculares celebrações bracarenses a São João Baptista, realizando-se no seu entorno uma “grande feira anual” a 23 e 24 de Junho. Espaço de memória e de memórias, muitas delas associadas inevitavelmente aos festejos sanjoaninos, a valia desta capela não se mede pela sua qualidade artística, mas pela importância comunitária de que se reveste para os bracarenses. A capela tem uma arquitetura singela, com dois campanários e um alpendre, tendo sido reformada provavelmente nos finais do século XVIII e início do seguinte. Na verga da porta principal do templo é observável a data da sua construção: “ANNO DE 1616”. Localizada junto a uma das principais saídas da cidade, a estrada para Guimarães, a capela adquiriu o nome em referência à ponte que servia de passagem sobre o rio Este. 

A capela, devotada “ao Bautista” - como no-lo comprovam crónicas setecentistas - apesar de algumas infundadas dúvidas colocadas sobre a titularidade do orago, detinha outras destacadas devoções como é o caso de Nossa Senhora do Parto ou de São Cristóvão. Mais tarde acabariam por incorporar-se as devoções a Santa Felicidade e ao Senhor da Saúde, outrora nas Carvalheiras. Enriquecida em 1919 com alguns elementos do demolido Convento dos Remédios, a Capela de São João da Ponte viu surgir no seu entorno o primeiro parque urbano de Braga.


terça-feira, 2 de junho de 2020

+ PATRIMÓNIO: Percurso Brácaro: Capela de Guadalupe

A Braga + viu abalada a sua atividade perante a pandemia que se instalou na nossa sociedade desde o passado mês de março, continuando hoje a condicionar o nosso quotiadiano. Por isso mesmo, foi imperativo cancelar todas as ações previstas até ser viável a sua retoma.

Adaptando-nos a este exigente contexto, e de forma a continuarmos a viver a nossa missão, vamos promover, em conjunto com a JovemCoop, um ciclo quinzenal de visitas guiadas digitais, que decorrerá até ao final de julho, mais propriamente nos dias 6 e 20 de junho, 4 e 18 de julho. 

A primeiras destas iniciativas decorre este sábado com uma visita guiada digital à Capela de Guadalupecom o propósito de dar a conhecer a história e o património deste templo tão especial da cidade de Braga. A visita decorre a partir das 10h30 deste sábado, 6 de junho, a partir da página da JovemCoop no Facebook.

A cidade de Braga possui inúmeros lugares que, pela sua localização em espaços mais distantes dos circuitos principais ou até pela sua geografia, se encontram mais ausentes do conhecimento dos próprios bracarenses. É esse o paradigmático caso da Capela de Guadalupe, localizada sobre uma elevação muito próxima da Avenida Central, envolvida por um pequeno parque verde, além de permitir um miradouro natural para a zona nascente da cidade. Está escondida, podemos dizê-lo, mas demasiado próxima dos espaços mais frequentados da cidade.