Convidamos todos os cidadãos interessados, a juntarem-se à associação na defesa e salvaguarda do nosso património.
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
Proposta de classificação da Igreja de Santa Cruz
Este sábado, dia 1 de dezembro pelas 11h, a associação Braga+ apresentará a proposta de classificação da Igreja de Santa Cruz.
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quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Reconverter as Convertidas - reportagem
Foi com casa cheia e muitas ideias que ontem à noite se realizou o
primeiro debate da Associação Braga +, que decorreu na Casa dos
Coimbras. Centrado no destino a dar ao recolhimento das Convertidas, o
debate contou com intervenções do vereador Hugo Pires, do ex-governador
civil José Araújo, de Manuela Sá Fernandes (do Grupo Gonçalo Sampaio) e
de Carlos Aguiar Gomes (da Associação Famílias). Enquanto não publicamos
as conclusões do debate, aqui fica uma pertinente reportagem da TV Minho.
Obrigado a todos os que quiseram participar e dar o seu contributo, inclusive os agentes políticos da nossa cidade que, de diversos quadrantes partidários, marcaram presença neste debate. Construir pontes pelo bem da nossa cidade é objectivo, desde já cumprido.
Obrigado a todos os que quiseram participar e dar o seu contributo, inclusive os agentes políticos da nossa cidade que, de diversos quadrantes partidários, marcaram presença neste debate. Construir pontes pelo bem da nossa cidade é objectivo, desde já cumprido.
terça-feira, 20 de novembro de 2012
Debate público - Reconverter as Convertidas
Recentemente classificada como Imóvel de Interesse Público, a Braga + e a JovemCoop irão promover no dia 27 de Novembro pelas 21 horas na Casa dos Coimbras um debate com vista a discutir "Qual o futuro para este monumento?". Contará como convidados Carlos Aguiar Gomes da Associação Famílias; Manuela Sá Fernandes do Grupo Folclórico Dr. Gonçalo Sampaio; José Araújo, ex- Governador Civil do Distrito de Braga; Rui Ferreira, da Associação Braga + e Hugo Pires, Vereador do Urbanismo da CMB.
O debate, intitulado “Reconverter as Convertidas”, vai ser moderado por Ricardo Silva, coordenador da JovemCoop e fundador da Braga +, estando aberto à participação de todos os cidadãos interessados em discutir esta temática e propor alternativas.
Por + cidadania, + cultura e + património.
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Casa das Convertidas - Imóvel de Interesse Público
Diário da República, 2ª Série, 07/11/2012
Vem hoje publicado no Diário da República a classificação final do Recolhimento de Santa Maria
Madalena/Casa das Convertidas como Imóvel de Interesse Público.
Esta classificação vem acompanhada pela
instituição de uma Zona Especial de Protecção considerável, que vai desde o topo
sul do Campo Novo até ao extremo Sul da Av.Central e, sensivelmente, do Centro
Comercial Lafayette até ao Parque de Guadalupe.
Isto são excelentes notícias tendo em conta que a Casa
das Convertidas está bastante degradada e a necessitar de urgente intervenção,
pelo que se espera que agora que será oficializada como Monumento, possa centrar
mais cuidados por parte dos orgãos de gestão competentes.
É feliz motivo, também, porque garante a traça
arquitectónica do corrente nascente da Casa das Convertidas, que tem sido alvo
de especulação imobiliária, temendo-se projectos megalómanos e desvirtuadores
daquela composição.
São, ainda, boas notícias, porque se a CMB licenciar
algum projecto para a área de logradouro dos edifícios a nascente da Casa das
Convertidas, isso irá requerer um estudo arqueológico de uma zona que é pouco ou
nada conhecida.
Mas a nossa atenção vai, sobretudo, para o avançado
estado de degradação da Casa, situação que temos vindo a denunciar. As nossas
preocupações, além da queda de rebocos e de telhas, vai agora para a parte
cimeira do brasão de Sta Maria Madalena que está a colapsar, devido à abertura
de grandes fendas, situação agravada com a trepidação das obras do programa "A Regenerar Braga". Esta situação pode conduzir à ruptura do andar de cima do
imóvel, bem como coloca em risco a segurança dos transeuntes.
A partir de hoje Braga possui mais um monumento, garantia dada pelo selo de qualidade que é esta classificação. Contudo, a classificação não é um garante da salvaguarda total, pelo que manter-nos-emos atentos, sobretudo nesta altura em que o Ministério da Administração Interna pretende colocar ali os serviços de estrangeiros e fronteiras e uma delegação da protecção civil.
Coincidentemente, no próximo dia 23 de Novembro, a Braga+ e a JovemCoop promoverão um debate público sobre "reconverter as Convertidas", possibilitando auscultar várias ideias e aproximando os cidadãos do património e partilhando destinos a dar a este imóvel.
Esta é uma excelente notícia, uma verdadeira prenda natalícia adiantada para a cidade de
Braga!
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
Políticas de Reabilitação para o centro histórico de Braga
O real objeto da
reabilitação urbana é a cidade. O urbano confere á reabilitação um carácter de
política pública, o que difere de reabilitação arquitetónica e não poderá ser
confundido com uma mera reabilitação do espaço público. O carácter intrínseco
de política urbana implica uma abordagem multissectorial e integrada. Em
primeiro lugar importa a consideração do quadro físico da urbe e do seu
desempenho enquanto suporte da vida social, exige a dualidade intrínseca de
reabilitação e salvaguarda patrimonial nas práticas de gestão urbanística. Num
segundo entendimento implica a consideração do quadro económico, das
repercussões sobre a economia local, sobre a atratividade, sobre a consideração
da rentabilidade vs o investimento municipal. E por último implica uma
consideração acerca dos efeitos sobre a dimensão social do centro histórico.
Regenerar implica injetar dinâmicas de desenvolvimento. Não basta reabilitar
edificado, nem maquiar o espaço público!
A capacidade de
atracção, quer de residentes, visitantes, turistas e investidores implica
considerar fatores como beleza ambiental e urbanística, aliada a uma riqueza
patrimonial e de projeção cultural e implica dinâmicas económicas.
Integrar e
potenciar a cidade economicamente, tornar o centro atrativo não se consegue
apenas com modernização do espaço público; com uma ansia de modernidade
sustentada em políticas de destruição da identidade e da imagem do mesmo. É
necessário que o município entenda as repercussões de cada acto isolado,
entenda que descentralizar equipamentos, que considerar a localização da
pousada da juventude fora do núcleo histórico; criar tensões entre as grandes
superfícies e o comércio tradicional; localizar o hospital e o estádio na
envolvente, entre outros atos, são políticas expansionistas e não de
regeneração urbana. Perante o aparecimento de novas centralidades como é que a
cidade tradicional poderá ter a capacidade para competir e afirmar-se como um
verdadeiro polo de atratividade?
Regenerar o
centro histórico implica pro-atividade e estratégia por parte da gestão
municipal, implica estar consciente das consequências, implica visão, exige ir muito
além da repavimentação e, sem destruição das memórias urbanas, implica investir
dinheiro público com uma rentabilidade considerada.
Projetar
culturalmente Braga requer o desenvolvimento e investimento em políticas
culturais e patrimoniais que permitam a identificação de uma imagem de marca
para a cidade, que a identifique e valorize no panorama nacional e
internacional. As transformações socioeconómicas revalorizam as diferenças e as
particularidades como resposta á standardização
desta nova era, e daí a tendência para a requalificação dos tecidos urbanos
antigos e a aposta na recriação do passado, a preservação da memória e das
tradições. Este reconhecimento pelo valor económico do património é
negligenciado em Braga.
Que lugar existe
nas políticas municipais para o património?! O espaço público é o património
comum de cada cidadão, que lugar existe para a memória urbana?! Se defender o
património consiste em preservar espaços físicos que testemunham a cidade e
recriar memórias, não será então crime urbanístico descaracterizar símbolos da
representação coletiva?!
Fátima Pereira
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